Mata Atlântica, o cinturão verde que resiste

A Mata Atlântica é uma das florestas tropicais mais importantes e exuberantes do mundo. Entremeando as florestas atlânticas, há um vasto território com uma infinidade de riquezas naturais. A Floresta Atlântica é também testemunha do desenvolvimento econômico da nação e, muito por conta disso, seu território foi transformado e diminuído a cerca de apenas 12% do original, conforme o avanço do desenvolvimento urbano e sob uma intensa extração de minérios.

Atualmente, restam poucos trechos preservados de floresta, mas que abrigam muita beleza natural e vida. Entre os estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina está o último remanescente contínuo do bioma, chamado de Grande Reserva Mata Atlântica. Esse “tapete” de floresta atravessa 2 milhões de hectares e abriga diversas espécies de fauna e flora, montanhas, cachoeiras, cavernas, baías, manguezais e praias, além de comunidades tradicionais com muita cultura, proporcionando uma experiência única. Importante ressaltar que a totalidade de mata atlântica presente em território paranaense é de 6 milhões de hectares, sendo a unidade federativa com o maior remanescente preservado: 1,2 milhão de hectares protegidos em 69 Unidades de Conservação. 

Dentro da Grande Reserva, estão várias dessas UC’s, entre públicas e privadas. Algumas delas, inclusive, são reconhecidas internacionalmente como Reserva da Biosfera e Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade. Essas Unidades vêm cada vez mais atraindo turistas de todo o Brasil e novos negócios e oportunidades estão se estabelecendo.

Podemos chamar esse processo de “Produção de Natureza”, no qual empresas, como a Graciosa Terra, se estabelecem sem a necessidade de degradação da natureza, além de serem sustentáveis. Muito disso se deve ao fato de a Mata Atlântica abrigar cerca de 15 mil espécies de plantas, sendo 10 mil delas endêmicas (isso significa que em todo o planeta, elas ocorrem apenas nessa região), cerca de 2 mil animais vertebrados e 934 espécies de aves. É uma verdadeira torre de babel da fauna e flora que atrai turistas de todo o mundo!

Na porção paranaense da Mata Atlântica há também uma grande cadeia montanhosa, a Serra do Mar, que com sua geografia especialmente acidentada contribui para a preservação do bioma. Por estar em uma região com chuvas abundantes, milhares de rios surgem na Serra do Mar, esses rios esculpem as montanhas e se encaminham até o oceano, formando incríveis cachoeiras. O conjunto de picos de montanha e cachoeiras atrai aventureiros de diversas regiões do país e do mundo, que vêm à região para curtir a natureza.

No entanto, a Mata Atlântica vai muito além do Litoral. Entre os belíssimos atrativos presentes no bioma, estão as Cataratas do Iguaçu e o Cânion do Guartelá. A natureza de fato não economizou na diversidade da Mata Atlântica. Em uma floresta que ainda pulsa, o turismo encontra o cenário ideal para práticas como montanhismo, trekking, ciclismo, voo livre, atividades náuticas, culturais e históricas, além de uma gastronomia regional ímpar. 

No que se refere à fauna, a Mata Atlântica abriga espécies ameaçadas como gavião-caranguejo, onça pintada, mico-leão-da-cara-roxa (endêmico da Ilha de Superagui), mico-leão-da-cara-preta, cateto, queixada e boto-cinza. Com um pouco de sorte é possível avistá-los. Mas, talvez o animal que mais caracterize a Mata Atlântica seja o belíssimo Guará, um pássaro de grande porte com uma coloração vermelha intensa, que quase foi extinto e ressurgiu colorindo os céus do litoral novamente em suas belas revoadas. 

Já nas baías, o que chama a atenção é o encontro das águas doce com as águas marinhas, que proporciona uma paisagem de beleza única, um verdadeiro berçário de vida. Esse ambiente é propício à fertilidade da pesca e de boa parte da vida marinha. Em passeios por essas regiões é possível desfrutar de uma natureza intocada e desfrutar de uma vista incrível de outro ângulo da Serra do Mar.  

A Mata Atlântica é um bioma que possui características bem marcantes e praticamente exclusivas. Algumas dessas características são as seguintes:

Florestas de Araucária

Ambiente formado por diversas Araucárias, ou Pinheiro-do-Paraná, árvore que remete ao período Jurássico, esse vegetal se adaptou com o clima frio e geadas da região e acabou por se tornar o símbolo do Sul do Brasil. No Paraná é possível observar em diversas regiões, perto de Curitiba é encontrada principalmente na região de Piraquara, já em Santa Catarina o local que abriga mais florestas de Araucárias é Urubici.



Matinha Nebular e Campos de Altitude

São ambientes encontrados nos cumes das montanhas da Serra do Mar. As características físicas mais peculiares são a altitude elevada, baixas temperaturas e ventos fortes. Tudo isso, junto com a grande umidade, molda uma paisagem com seres que se adaptam para viverem nessas condições. Esse cenário é desfrutado especialmente por montanhistas logo após os desafios da subida. 

As principais montanhas da Região são o Pico Marumbi (primeira montanha conquistada esportivamente no Brasil) e o Pico Paraná (montanha mais alta do sul do país), além de uma dezena de outras montanhas e morros que são possíveis de conquistar.

Florestas de Montanhas

Ambientes formados por encostas, apresentam grande diversidade de plantas e animais. O solo é fértil e profundo, permitindo o desenvolvimento de árvores de grande porte, como canelas e figueiras de até 35 metros. Conforme aumenta a altitude, a vegetação rasteira vai predominando, com orquídeas e bromélias.



Rios e Cachoeiras

Entre as diversas regiões da Grande Reserva Mata Atlântica, existem inúmeros rios, remansos, cachoeiras e saltos que contornam a floresta trazendo vida e movimento. Para quem busca o lazer aquático, aqui é o lugar.

Corredeiras e rios com águas cristalinas abundantes são protegidos pela floresta durante o ano, garantindo adrenalina para os aventureiros. No Paraná você pode praticar Rafting, Caiaque, Stand-Up Paddle, e muitos outros esportes aquáticos.

Restingas e Praias

A restinga ocorre em áreas costeiras com uma vegetação rasteira, adaptada ao sal, à areia e ao vento até formar florestas de restinga. É considerada uma Área de Preservação Permanente (APP), protegendo dunas e praias. O crescimento imobiliário é o principal fator para a ameaça às restingas, tornando-as um dos ecossistemas mais ameaçados de toda Mata Atlântica. 

Baías e Manguezais

Se trata de uma parte da costa onde o mar avança para o interior. Nestes locais é que os rios encontram o mar, formando os manguezais, com sua vegetação de plantas rústicas de raízes aéreas (que ficam por cima da água), que se adaptaram ao aumento da maré e à salinidade. A deposição de sedimento e a água salobra atraem a fauna, formando um berçário da vida marinha.

Pântanos e Brejos

São áreas alagadiças e planas geralmente em depressões ou nascentes de rios. Ambiente abundante e importante para fauna, principalmente anfíbios e répteis. Aqui é possível encontrar animais ameaçados de extinção, como o Bicudinho-do-Brejo, que encontram refúgio nesse ecossistema.

Planície Litorânea

Abrange as áreas do sopé da Serra do Mar até o oceano, região onde houve maior ocupação pela facilidade de acesso que o relevo plano proporciona. A vegetação entra em transição para espécies de influência de solo marinho, arenoso e permeável.

Deu para perceber o quanto a Mata Atlântica é única e imprescindível, não é mesmo? Ela é um patrimônio exclusivo do Brasil e deve ser valorizado, reconhecido e preservado por todos! Conheça essa floresta encantadora com a Graciosa Terra (Clique aqui)