Como surgiu o Rapel?
O rapel surgiu como uma técnica de escalada, derivada do alpinismo, em 1879. Acredita-se que a técnica foi desenvolvida em um paredão de rocha coberta de gelo e neve, na região de Chamonix, na França. O responsável pela idealização e criação foi Jean Charlet Stranton, acompanhado de seus amigos Prosper Payot e Frederic Folliguet.
Inicialmente, o rapel foi adotado pela espeleologia para explorar cavernas, grutas e em resgates e salvamentos. Com o aperfeiçoamento da técnica, o rapel passou a ser praticado por diversas pessoas ao redor do mundo como hobby, uma forma de desfrutar da natureza com muita adrenalina.
A origem do nome
O nome rapel se originou da palavra “Rapelle”, quando Jean Charlet Stranton usou um termo dizendo: “Je tirais vivement par ses bouts la corde qui, on se le rappelle”. Traduzindo em português: “Quando chegava perto de meus companheiros, puxava fortemente a corda por uma das pontas e a trazia de volta para mim”. E assim a técnica vertical ficou batizada como rappelle ou rapel.
O rapel não é considerado um esporte, mas sim uma técnica de descenso utilizada na espeleologia e resgate. Mas, existem práticas esportivas que utilizam da técnica vertical do rapel, como a Escalada em Rocha e o Canionismo. A técnica é necessária para a transposição de obstáculos que não poderiam ser superados de outra forma.
A prática do rapel é realizada com uma corda ancorada de forma segura com o objetivo de descer superfícies verticais como cavernas, cânions, pedreiras, cachoeiras e montanhas. Para o controle da descida é utilizado um descensor, também chamado de freio, pelo qual é possível controlar a velocidade da descida da forma mais confortável possível.
Por que você deve praticar?
O rapel é uma prática divertida e segura, que proporciona o estímulo dos sentidos e emoções, o intelecto e a fisiologia do corpo, uma expansão da consciência e uma sensação imediata de estar vivo. É uma experiência única e uma forma diferente de desfrutar da natureza, superando desafios.
Fisicamente, a prática do rapel também estimula a concentração e melhora a coordenação motora, potencializa o condicionamento físico e reduz o estresse. Durante as descidas, o rapel proporciona muita adrenalina, momento no qual acontece liberação de endorfina e serotonina, hormônios responsáveis pelo bem-estar.
Como praticar?
O rapel pode ser praticado por qualquer pessoa sem experiência prévia com o auxílio de instrutores especializados, pode ser praticado até mesmo por crianças, o que o torna também uma aventura para toda a família.
Para praticar de forma autônoma, você deverá buscar um curso de técnicas verticais em áreas naturais, no qual você será capacitado a montar suas próprias ancoragens de forma segura. (Clique aqui)
Onde fazer rapel
A prática do rapel pode acontecer em diversos ambientes, secos e molhados. Alguns exemplos são: cachoeiras, cânions, montanhas, cavernas, pontes, fontes, torres e prédios. Ou seja, é possível praticar tanto na natureza quanto em meios urbanos.
Equipamentos básicos para rapel
Para fazer rapel, você vai precisar de equipamentos individuais e coletivos:
Coletivos: corda, fitas, cordeletes, chapeletas e ancoragem;
Individuais: mosquetão, corda, descensor (Freio 8), cordeletes, aneis de fita, cadeirinha, luva e capacete.
É imprescindível que os equipamentos possuam certificação para a prática do rapel por órgãos que regularizam a prática, como a CE – Certificação Europeia e NBRS, que garantem a segurança do esporte.
Modalidades e tipos de rapel
Rapel Vertical é o mais praticado e realizado em paredes ou rochas com inclinação de 90º.
Rapel Negativo, conhecido como rapel livre, não tem contato dos membros inferiores ou superfície como rochas ou paredes. O praticante controla a velocidade do freio utilizando a mão na parte traseira do quadril com auxilio de um freio 8, um dos mais conhecidos.
Rapel Guiado semelhante ao rapel negativo, essa modalidade utiliza uma guia para garantir a segurança do praticante, descendo sem contato direto com superfície.
Cascading é o rapel realizado em cachoeiras, como é uma atividade escorregadia exige destreza e podem ser necessárias outras técnicas utilizadas em conjunto, como o rapel guiado, que proporciona uma descida segura mesmo com grande fluxo de água.
Rapel Invertido é praticado em ambientes negativos e de cabeça para baixo. Este rapel possibilita o aumento da velocidade e deve ser mentalizado antes de ser executado.
Rapel de frente é praticado de frente para a descida e o chão. Exige do praticante experiência e é uma das ténicas de descidas mais avançadas. Deve-se estar preparado para lidar com a adrenalina.
Rapel Fracionado é quando uma parede tem uma extensão maior que a corda, descendo em duas etapas. Nesta técnica é necessário utilizar ancoragens de fuga, recuperando a corda no término da descida.
Quanto custa?
O custo para praticar o rapel depende da forma que você deseja praticar. Para a prática autônoma, você deverá se capacitar com um Curso de Rapel Básico e adquirir equipamentos individuais e coletivos de acordo com sua necessidade. Você também pode praticar com uma agência especializada que disponibilize instrutor capacitado e todos os equipamentos certificados para a prática vertical.
Você está preparado para viver essa experiência? Siga sua natureza e aventure-se com a gente! DESAFIO PARANÁ VERTICAL
Por: Graciosa Terra