Travessia Caminho da Mata Atlântica, a megatrilha de 3 mil kms que ligará Rio Grande do Sul até Rio de Janeiro pela Serra do Mar.
Com a proposta de conectar os principais atrativos da Mata Atlântica através de trilhas e travessias, muitas já existentes, a nova trilha Caminho da Mata Atlântica está nascendo e vai ligar Rio Grande do Sul ao Rio de Janeiro.
O projeto com 3 mil kms de extensão, ainda está em construção, sob a lideraça do WWF-Brasil, organização que tem o apoio do ICMBio, CBME, Abeta, Federações de Montanhistas Regionais, órgãos estaduais e grupos locais de voluntários, que realmente fazem o projeto acontecer.
Trilha de longo percurso
A trilha para o Caminho da Mata Atlântica foi inspirada na Appalachian Trail, trilha norte-americana que liga 90% das unidades de conservação do país. No Brasil não são muito comuns trilhas desse nível técnico, apesar de existirem.
“Conectando áreas protegidas por meio de trilhas e fazendo com que as pessoas entrem mais em contato com esses espaços, estamos atuando de quatro formas diferentes: valorizamos a natureza, melhoramos a saúde das pessoas, valorizamos a história e cultura regionais e fomentamos a economia local”, diz Anna Carolina.
O projeto tem o objetivo de aprimorar o sistema nacional de trilhas e oferecer mais opções de lazer ao ar livre, aproximando as pessoas de regiões naturais, promovendo a importância das áreas protegidas para o meio ambiente, economia, lazer e saúde.
Caminho da Mata Atlântica
O roteiro do Caminho, vem sendo construído por toda a cadeia montanhosa da Serra do Mar, do Parque Nacional dos Aparados da Serra (RS) ao Parque Estadual do Desengano (RJ), englobando uma série de picos com grande potencial turístico e de conservação ambiental passando por Florianópolis, Caminho de Itupava (PR), a TransPetar (SP), a Volta da Juatinga, Transcarioca, o Caminhos da Serra do Mar (RJ), entre outras.
A região foi escolhida pelo cenário da trilha por sua grande importância ecológica, além de sua beleza exuberante. Cerca de 20 mil árvores e arbustos típicos do bioma, e mais de mil espécies de aves, 340 anfíbios e 270 espécies de mamíferos.
É considerada um dos 5 principais locais de biodiversidade e reconhecida como reserva da biosfera pela UNESCO e patrimônio nacional pela Constituição brasileira.”Apesar de tantos números impactantes, um preocupa demais a gente: existe apenas 8,5% da cobertura original da Mata Atlântica hoje. Ou seja, precisamos protege-la de forma urgente!”, alerta Anna Carolina.
A implementação de um caminho na Mata Atlântica integra trilhas que já existem a novas áreas de ampliação da escala de conservação através de conexões e áreas protegidas, um verdadeiro corredor ecológico que beneficia a biodiversidade e a conservação.
A ideia do Caminho é muito antiga, vem desde 2012, criando cada vez mais forma e força para se tornar uma referência de trilha de longo percurso no Brasil”, comenta Anna Carolina Lobo, coordenadora do Programa Mata Atlântica e Marinho.
No Paraná
Sinalização do Caminho
A sinalização de uma trilha tem como objetivo guiar o caminhante em suas coordenadas, facilitar ações de manejo, evitar processos erosivos, impedir a criação de atalhos, entre outros benefícios.
A escolha da seta foi baseada nos seguintes motivos:
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- É facilmente reconhecida por qualquer pessoa. A interpretação é universal;
- É auto explicativa. Relaciona dois pontos, representa deslocamento, indica direção;
- As linhas retas facilitam o corte do molde, exigindo menos capacitação dos voluntários para reproduzi-la em campo.
Assim, a sobreposição das iniciais de Mata Atlântica cria um layout em forma de seta simples e conciso. A letra M subtrai parte da letra A, representada por um triângulo, e formando a sinalização do Caminho da Mata Atlântica.
Esse padrão de sinalização foi escolhido em votação aberta na internet, a partir de diversas propostas de parceiros e trabalhadas por designers voluntários.
Referencia: Site do Caminho